Em seu início o povoado de Santa Rita do Rio Pardo pertencia ao município de
Campo Grande e tempos depois passou a pertencer ao município de Três Lagoas. Por
questões de disputa Major Cecílio rompeu relações com o Prefeito de Três Lagoas e
mudou o nome do distrito como proposto por MATTOS (2013)
Procurando melhorar as condições locais e não obtendo sucessos nas
tentativas, Major Cecílio rompeu relações com o Prefeito de Três Lagoas
e num ato de demonstração de forças, mudou o nome do Distrito
até então Santa Rita do Rio Pardo para Xavantina em homenagem aos
índios Xavantes. Para esse ato, convocou alguns empregados; entre
eles consta o nome do senhor Luiz Vicente Ferreira, filho do senhor
Manoel Vicente Ferreira, que conviveu desde 1908 junto a essa comunidade.
Após discursar seus motivos, Manoel Cecílio da Costa Lima
determinou a afixação de um novo Cruzeiro como marco da nova
denominação. Esse ato aconteceu pela manhã e, à tarde, precipitou
uma pavorosa tempestade e o Cruzeiro foi atingido por um raio que o
despedaçou; acreditando o povo que o fato ocorreu por haver sido tirado
o nome da Santa da cidade. Se é que santo se vinga. (MATTOS,
2013).
Ainda, quanto à divisão anterior ao processo de emancipação ocorrido, Mattos
(2013) sugere que
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936, figura no município
de Três Lagoas o distrito de Chavantina. No quadro fixado para vigorar
o período de 1944 - 1948, o distrito aparece grafado Xavantina e
permanece no município de Três Lagoas. Assim permanecendo em
divisão territorial datada de 1-VII-1960. Pela Lei Estadual nº 1970, de
14-11-1963, o distrito de Xavantina foi transferido do município de
Três Lagoas para o novo município de Brasilândia. Em divisão territorial
datada de 31-XII-1963, o distrito de Xavantina figura no município
de Brasilândia. (MATTOS, 2013).
Na década de 1980, lideranças de Xavantina formaram uma comissão PróEmancipação,
tendo como Presidente o Professor Antônio Arcanjo dos Santos e o Sr.
Joaquim Aniceto Pereira como Secretário. Esses encabeçaram uma lista colhendo assinaturas
junto aos moradores, com objetivo de pedirem junto ao governo de Mato Grosso
do Sul a emancipação política de Xavantina
Em uma votação simbólica a comissão Pró-Emancipação escolheu três nomes
para o novo município; Presidente Tancredo, Xavantinópolis e Ritanópolis. Contrariando
as opções apresentadas pela comissão Pró-Emancipação, por meio de uma emenda
da Assembleia Legislativa, o Deputado Estadual Akira Otsubo (um ferrenho defensor da emancipação política) buscou junto aos seus pares à emancipação de Xavantina, bem
como, a nomeação do novo município para “Presidente Tancredo”.
Após consultar a população, os Deputados Júlio Maia e Cícero de Souza por
meio da emenda parlamentar substitutiva nº 05,87 de 23 de setembro de 1987, apresentaram
a posição da população e sua intenção em nomear o município como Santa Rita
do Rio Pardo, em respeito à origem e a fé do povo xavantinense por meio de sua padroeira
Santa Rita de Cássia, bem como, o Rio Pardo uma referência para os xavantinenses.
Duas emendas parlamentares foram apresentadas por parte dos Deputados acima
citados, uma modificava o nome de Santa Rita do Rio Pardo, enquanto a outra modificava
para Santa Rita do Pardo, sendo que esta última foi mantida. Para tanto, no dia 18
de dezembro de 1987, por meio do Projeto de Lei nº 808, foi criado o município de Santa
Rita do Pardo, pelo ilustre Governador Marcelo Miranda Soares, o município ora
criado ficou pertencendo á comarca de Brasilândia. No dia 01 de janeiro de 1989 instalou-se
o município e o seu primeiro Prefeito foi o Sr. Antônio Arcanjo dos Santos.